sábado, 17 de setembro de 2011

O limite da relação entre as telas da TV, do computador e você.

Ver televisão ou ficar no computador por mais de 2 horas por dia aumenta em duas vezes as chances de desenvolver doenças cardíacas.

Existe, há tempos, a dúvida de que se as pessoas se exercitassem em um nível considerável, anularia os efeitos maléficos do lazer sedentário. Mas desta vez os cientistas acharam uma resposta.

Os resultados mostraram que o efeito foi o mesmo independentemente de quanto as pessoas se exercitaram, demonstrando que a forma como escolhemos passar nosso tempo livre fora do trabalho tem grande impacto na nossa saúde.

Emmanuel Stamatakis, especialista em epidemiologia e saúde pública da University College de Londres, diz que aprendemos a chegar em casa, ligar a TV e passar várias horas em frente ao aparelho – é conveniente e fácil.


Porém é preciso um alerta urgente dos riscos de ficar inativo, especialmente porque os adultos em idade produtiva passam longos períodos sentados enquanto viajam em meios de transporte ou mal sentados em uma mesa de escritório, destacou o estudo.

Pesquisa

Ao todo, 4.512 adultos participaram da Pesquisa Escocesa sobre Saúde domiciliar. Veja as comparações:

- Pessoas que passaram 4 ou mais horas por dia comparadas àquelas que passaram menos de 2 horas por dia em frente às telas: risco 48% maior de morte de qualquer causa.

- Pessoas que passaram 2 ou mais horas por dia diante de monitores: risco 125% maior de que venham a sofrer problemas cardiovasculares, como o ataque cardíaco.

Estas associações foram independentes dos tradicionais fatores de risco, como o tabagismo, a hipertensão, o índice de massa corporal, a classe social, bem como (a prática ou não de) exercícios, ressaltou o estudo.

Colesterol e sedentarismo

No entanto, os cientistas conseguiram fazer associações entre os níveis de inflamação e o colesterol em pessoas sedentárias.

Um quarto das associações entre o tempo gasto diante de um monitor e problemas cardiovasculares se explicou coletivamente pela proteína C-reativa (PCR), o índice de massa corporal e colesterol da lipoproteína de alta densidade.

Com essas informações podemos gerar mudanças no estilo de vida para serem defendidas a fim de reduzir o tempo em que as pessoas passam sentadas.

O estudo foi publicado no Journal of the American College of Cardiology.

Nenhum comentário:

Postar um comentário