O novo relatório do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) traz boas notícias, mas evidencia que ainda há muito a ser melhorado.
De acordo com o UNAIDS e as estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), quase metade das 14,2 milhões de pessoas elegíveis para o tratamento em países de baixa e média renda tiveram acesso à terapia antirretroviral em 2010, um aumento de 1,35 milhões desde 2009. Com certeza, os números refletem o avanço mundial em combater a doença, mas este último dado mostra que metade dos infectados ainda ficam sem o tratamento em países de baixa e média renda.
Os benefícios do antirretroviral
Como o tratamento contínuo reduz a carga viral de uma pessoa vivendo com HIV a níveis praticamente imperceptíveis, e também o risco de transmitir o vírus para um parceiro não infectado, estudos recentes mostram que o tratamento pode ser até 96% eficaz na prevenção da transmissão do HIV entre casais sorodiscordantes para o HIV.
Portanto, tem impacto significativo na redução do número de novas infecções.
Tratamento com antirretrovirais evitou 2,5 milhões de mortes desde 1995
Desde 2005, os óbitos relacionados à doença diminuíram de 2,2 milhões para 1,8 milhões em 2010. Cerca de 2,5 milhões de mortes são estimadas de terem sido evitadas em países de baixa e média renda, devido ao maior acesso ao tratamento de HIV desde 1995.
Investimentos inteligentes
O UNAIDS elaborou um novo plano referencial de investimentos para a Aids que está focado em alto impacto, baseado em evidências e em estratégias de alto valor.
O marco referencial é baseado em seis atividades do programa essencial: intervenções focalizadas para as populações com maior risco de infecção (particularmente trabalhadoras(es) do sexo e seus clientes, os homens que fazem sexo com homens e usuários de substâncias injetáveis), a prevenção de novas infecções pelo HIV em crianças; a promoção de práticas mais seguras, promoção e distribuição de preservativos; maior acesso a tratamento, assistência e apoio para pessoas vivendo com HIV, e oferta de serviços de circuncisão médica masculina voluntária em países com alta prevalência de HIV.
Para reduzir rapidamente a novas infecções pelo HIV e para salvar vidas, o relatório Global do UNAIDS de 2011 do Dia Internacional da AIDS destaca que a responsabilidade compartilhada é primordial.
Segundo a ONU, no final de 2010 foram estimados:
• 34 milhões de pessoas no mundo vivendo com HIV;
• 2,7 milhões de novas infecções por HIV;
• 1,8 milhões de pessoas morreram de doenças relacionadas à Aids.
• Quase a metade das pessoas (47%) com indicação de terapia antirretroviral estão em tratamento.
Mulheres e crianças
• As mulheres são mais afetadas na África Subsaariana (59% de todas as pessoas vivendo com HIV).
• Em 2010, 48% das gestantes vivendo com HIV recebiam esquemas eficazes de medicamentos para prevenir novas infecções por HIV entre crianças.
• Em 2010, cerca de 390 mil (340 a 450 mil) crianças nasceram com HIV comparado com o pico de 560 mil (500 a 630 mil) em 2002.
• Os óbitos relacionados à Aids entre crianças com menos de 15 anos diminuíram em 20% entre 2005 e 2010.
O Dia Mundial da Aids é comemorado no dia 1° dezembro e tem o intuito de prevenir, alertar e mostrar os avanços em relação à doença.
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