sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Êxito em testes com novas drogas para Hepatite C

Medicamentos mais potentes para tratamento e cura da hepatite C estão sendo testados no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, unidade referência em infectologia da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo.
Aprovados em julho para comercialização no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) os antivirais Telaprevir e Boceprevir já estão em uso nos Estados Unidos e na Europa.
No entanto, por aqui, a expectativa é de que os remédios estejam disponibilizados para os pacientes do SUS até o segundo o semestre de 2012.
O tratamento atual tem alcançado uma média de 50% de cura, e de 35% a 40% em pacientes portadores da hepatite C do genótipo 1, segundo os médicos infectologistas do Instituto. Porém, essas novas drogas sintéticas prometem revolucionar este tratamento da doença.
Para a equipe do Núcleo de Apoio à Pesquisa do Instituto, os estudos em andamento significam uma nova era no tratamento da doença. Os testes com os novos remédios têm sido feitos sob supervisão do FDA (Food and Drug Administration) norte-americano.


Eficácia

Tanto no caso do Telaprevir quanto do Boceprevir, cada um associado ao esquema de medicação convencional (Interferon e Ribavirina), foi possível alcançar 75% de cura em pacientes não tratados e 88% em pacientes que tiveram recaídas após realizar um tratamento tradicional.
Dos nove pacientes tratados no Emílio Ribas com o Telaprevir – conjugado ao tratamento convencional, oito tiveram a cura da doença, afirma o médico Roberto Focaccia, responsável pelos estudos.
“A eficácia tem se mostrado até mesmo na redução do tempo de tratamento, diminuindo de um ano para a média de nove a 11 meses”, complementa Focaccia.


Outras novidades

A equipe de médicos do Grupo de Hepatites do Emílio Ribas participa agora de estudos de avaliação clínica com as novas drogas desenvolvidas, como o Alispolivir.
Este medicamento atua diretamente na célula hepática e é ativo contra todos os genótipos do vírus da hepatite C. Outro teste é de um inibidor de polimerase que, em fase inicial de testes em voluntários, já alcançou 100% de cura.


Os pesquisadores têm esperança que futuramente exista a possibilidade de substituir o Interferon, atualmente em uso, que gera efeitos colaterais semelhantes à quimioterapia oncológica, por drogas que causem sensíveis reduções dos efeitos indesejáveis.

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